segunda-feira, 22 de abril de 2013

A Intelectualidade e as Massas Oprimidas III - Autor : Ruy da Penha Lôbo


      O intelectual deve ter um trabalho importante na conscientização das massas para melhorar as suas vidas e também o meio em que vivemos para criar uma sociedade justa igualitária onde todos possam realizar seus sonhos que está há anos em suas aspirações e que fazem parte do itinerário humano de sonhar e desejar algo. .
       Entretanto o intelectual não pode extrapolar isso achar que ele é o grande, o senhor da razão, pois não é , nós somos seres humanos, temos nossos conceitos formados com relação a vários assuntos que afligem o nosso dia a dia no nosso cotidiano. 
        Apesar de algumas pessoas não terem estudo isto não quer dizer que não tenham cultura, pois o termo cultura é amplo e não se refere à cultura formalizada nas escolas, mas a maneira como vêem o mundo, elas conseguem muitas vezes ir além do que os ditos cultos que não vêem o que está ao seu lado, pois são capazes de analisar o que está a sua volta sendo questionadores, indagadores  que pensam em um mundo melhor  onde todos tenham direitos iguais não sendo espoliados e lutando pela igualdade.
         Há pessoas que tem muito estudo, mas que não tem a capacidade critica para analisar o que está a sua volta , vivem em uma redoma de vidro que não entendem que as informações, são às vezes manipuladas para beneficiar um grupo oligárquico.
           A capacidade critica independe de a pessoa ter ou não ter estudo, pois há pessoas que nascem com essa capacidade e outras com estudo não tem vivem alienados sem notar o que esta a sua frente na sociedade como um todo em que fazemos parte.
            Como dizia Paulo Freire na frase “Leitura de Mundo”, que interpreto da seguinte forma, há pessoas que não tem estudo, mas tem uma visão critica do que de fato acontece, outro ponto a ser debatido é a forma como certas pessoas se acham como sendo as melhores, onipotentes usam de seu estudo, cultura,  para  humilharem  as pessoas , não se tocam que não é este o papel do intelectual ou seja deve respeitar as várias formas de pensar e os modos de ser de cada um , entendo que o seu papel deve ser o de orientador das pessoas e não ser um ditador de mentes impondo a sua maneira  de ver a coletividade e não respeitando as pessoas que pensem diferente sobre o mundo
            Como já disse em textos anteriores sobre este mesmo assunto diagnosticado por mim creio que esse termo intelectual deveria fazer parte do passado e em seu lugar acho que seria importante o termo observador da realidade, pois observando respeitamos os seus limites e não criamos barreiras estigmatizando as pessoas por não terem estudo, pois todos são filhos do altíssimo e que merecem todo o nosso respeito.
             Deve-se entender que as massas oprimidas têm um papel importante na formação da consciência da sociedade, não devem ser resignadas em segundo plano, mas dar a elas todas as oportunidades para crescerem e transformarem o mundo inserindo novos conceitos para uma vida igualitária para todos. 
              Por fim creio que se deve priorizar o ser humano independente da sua classe social, pois somos agentes de uma sociedade nova que guiara a ser formuladores de uma mudança tão importante no âmbito coletivo que estamos sempre a mudar.
              Em suma, a consciência critica deve fazer parte de nossas vidas independente do estudo que tenhamos, pois ela é a analise que teremos mais a frente para formulações profundas para um grupo novo, cabe a cada um de nós criar um ambiente para isso entendendo que a consciência esta no dia a dia, na simplicidade dos atos que fazemos, ou seja, ela esta em cada individuo basta que deixemos que ela se mostre a sociedade e a transforme como um todo. 

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