sexta-feira, 8 de julho de 2011

poesia : O Tempo - Autor : Ruy da Penha Lõbo

O tempo o que é?
É uma fração de segundo
É o limiar de uma aurora
É mudança de dia ou a esperança que se renova

II

O tempo é o passar dos segundos
É o amor que se espera
É a saudade constante de um tempo que não volta mais  , e a distancia perdida dos sonhos que não se renova.

III

O tempo esse marco da humanidade antagonismo da história , pensamentos  , sonhos,  realizações que estão aqui na memória. 

IV

O tempo me diz o que é?
É a marcação no calendário
É a aurora da esperança
É os sonhos de quando eu era criança
É a saudade do que se foi e a incógnita do que se vem os pensamentos em sonhos que todo mundo tem. 

V

O tempo vou dizer o que é
É a esperança de dias melhores , e a mudança transformação , são sonhos não realizados mas que um dia se realizarão , é a saudade marcante de um tempo que não volta mais , é olhar para o futuro , e lutar a cada segundo , e mergulhar nos pensamentos e realizar cada um a cada minuto.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Eternas Saudades - Autor Ruy da Penha Lôbo

Era 2002  passava pela Rua General Ernesto Paulo  em Maçandapa  Goiás e lembrei com saudade dos momentos felizes que tinha passado com meus pais , eles eram pessoas simples , mas em casa nada faltava tudo era feito com amor .
    Meus pais senhor Genaro Herculano e senhora Jacinta dos Santos tratava a todos os filhos com carinho e igualdade não se via no rosto terno de minha mãe diferenciação entre os filhos gostava de todos com seus defeitos e qualidades inerentes a todo ser humano que fora criado por Deus o grande criador do universo.
     Nas manhas  levantávamos bem cedo , eu Dilermando , Raquel , Márcia e Paulo   éramos acordados por minha mãe que ia no nosso quarto nos chamando para ir a escola , no café da manha  era tudo muito alegre minha mãe dona jacinta fazia biscoitos  pães  e Roscas que eram de dar água na boca , mas o momento mais importante do café da manha que me lembro como se fosse hoje é o momento de confraternização que existia onde contávamos os sofrimentos pelos quais passavam na lida da roça plantando arroz , feijão, milho verde , fabricando queijo , vendendo leite e sendo pouco valorizados pela sociedade que valoriza o ter e não o ser as classes mais abastadas.
       Nesta época meu pai Herculano tinha uma pequena chácara ele plantava tudo nela e vendia e ainda sobrava muita coisa que atendia as necessidades da casa vivíamos na fartura com alegria e não nos faltava nada isso sinto é a verdadeira felicidade.
        Aos Domingos , levantávamos cedo tomávamos café arrumávamos e íamos para a missa do padre Osmar que era as oito horas começando pontualmente , depois da missa íamos para  praça onde brincávamos com os amigos Joaquim e Helena , filhos do seu Olavo e de dona Almerinda , seu Olavo era um farmacêutico bom que tinha na cidade que atendia a todos sem distinção de classe social , coisa que hoje não se vê mais onde impera o egoísmo, a arrogância e o orgulho diante dos pobres.
        Em Maçandapa , todos se conheciam , sendo uma verdadeira irmandade onde todos se respeitavam , ao olhar o lugar onde vivi os melhores momentos de minha vida a casa onde morei e hoje não existe mais , me aperta o coração , por saber que naquele lugar está um prédio imponente mas frio fruto do capitalismo desregrado , meu pai na época por condições financeiras teve que vender a casa para seu Altemar que depois revendeu a um grupo imobiliário que não preservou a casa vendendo a grupos econômicos supermercadistas deixando escancarado o lado cruel do capitalismo.
       Ao rememorar todos esses fatos , lembrei-me do quanto a família  é importante , vivíamos com simplicidade , mas tínhamos a felicidade , hoje meus pais faleceram , meus irmãos não me procuram Raquel formou-se em Jornalismo e trabalha em uma grande rede de televisão seu meio social é outro , participa de festas da alta elite da sociedade e esqueceu de suas origens o que não poderia acontecer.
       Márcia formou-se em geografia mas vive longe ministra aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro e Paulo é dono de uma Imobiliária que vende terrenos para formar grandes condomínios fechados , ou seja não estão preocupados comigo , enquanto  a eu Dilermando formei em História  pela Universidade de São Paulo sou professor aposentado pela Universidade Católica de Goiás , mas não esqueço das minhas origens , hoje sou casado com Catarina tenho dois filhos Renato e Munique tento passar para eles os valores familiares que recebe de meus pais onde éramos felizes e a felicidade estava a nossa porta que não se vê no momento mas está no meus coração sendo Eternas Saudades de um tempo que guardo com emoção .