Chovia forte
em Goiânia capital do estado
de Goiás Eu Gustavo Fagundes olhando
pela janela do meu prédio onde moro no setor Bueno encontrando alguns
materiais antigos do
tempo de colégio entre eles um
caderno antigo de dez matérias com a gravura de um sol brilhando no horizonte ,
nesse instante voltei a 1988 ao Colégio Pedro Afonso Correa Santos ou então
chamado a época de Colégio
Amarelo .
Ele tinha
este nome porque o diretor do colégio resolveu pintar ele todo de amarelo, pois
dizia que o amarelo representava o ouro que neste caso era a sabedoria que os alunos iriam adquiri
no colégio , o colégio amarelo resplandecia sua cor diante das pessoas que passavam e
distinguia de todas as edificações da minha cidade Pedra da Serenidade interior de Goiás e que fica próxima a
Goiânia.
Em minhas
visões do passado relembro que no mês
de Novembro ficávamos alegres pois
iríamos concluir mais uma etapa de estudos que se concluiria , que bom
era aquele tempo onde estudava Geografia
com a professora Renata sobre os países continentes , rios , formas de governo e
muitos outros aspectos humanos , em português
a professora Karla destacava na gramática
a sintaxe , a ortografia , a pontuação ,
a redação e outros aspectos importantes da língua escrita em matemática tínhamos o professor Arquimedes
que ensinava a formula de Bhaskara , a raiz quadrada , as porcentagens e outras operações da
matemática .
Na
disciplina de história havia o professor Eduardo que ensinava as fases da história do Brasil
desde o descobrimento passando pela independência e a republica
e mais tarde mais a frente ensinava sobre a história geral e todos
os seus pontos importantes , não podendo esquecer o professor Willian
que ministrava aulas de inglês que ensinava o verbo to be e
outros pontos importantes da língua inglesa.
Todos estes
professores de certa forma marcaram a minha vida e são a fonte de fortaleza
para novos desafios a serem superados e
conquistados , relembrando o período das provas onde eram impressas em um mimeografo um instrumento que hoje não se usa
mais depois da chegada dos computadores,
as provas eram confeccionadas no
mimeografo e depois entregues a
cada aluno para assim poderem responder
as questões e enfim galgar os términos
dos estudos e chegar aos objetivos que viriam pela frente e
que seriam plenamente realizados.
O
Diretor Epaminondas Duarte tinha o maior carinho com o colégio tratando
a todos com respeito e ajudando os estudantes nas mais diversas duvidas que poderiam
vir a ter, todos os anos tanto no dia do
estudante onde realizava saraus de poesia , palestras sobre uma determinada
matéria e com musicas cantadas pelos alunos sempre
estimulando o conhecimento que deveria fazer o
aluno estar engajado no processo
educacional e no dia do professor
também era um dia de festa onde os professores
seriam valorizados pelos seus trabalhos
na escola lutando para que tivessem melhores condições de trabalho , o
pessoal da portaria também não eram
esquecidos pois ele dizia que eles eram
fundamentais pois ajudavam no funcionamento da escola e conheciam de perto os problemas da instituição escolar e também cada aluno que chegava
sempre trazendo um sorriso de
esperança a cada um
deles que é
essencial para sempre terem
a motivação em
suas vidas.
Tudo nesta
época era bom a
atmosfera , o jeito simples
de ser , a bondade que se fazia notar nos
mínimos detalhes de um período
plural e fundamental para alcançarmos
bases de respeito ao pensamento diverso que era tão valorizado na escola e hoje
se vê uma sociedade de intolerantes .
Folheando as páginas
do caderno retornei a tudo isso em que após as provas finais recordo que havia um grande
mural pregado na parede onde os alunos
iam ver o resultado das provas e se
tinham passado de ano e entrado de férias constando o nome de cada aluno se
tinha sido aprovado , reprovado ou então estava de recuperação eu
sempre ficava em duas matérias
português e Geografia , lembro que após olharmos o resultado os alunos
que haviam sido aprovados saiam contentes sorrindo e fazendo planos para as férias onde iriam passear
podendo sair com a família enquanto os
reprovados saiam triste pois sabiam que teriam que começar tudo de novo ver novamente os mesmos
conteúdos enquanto nós que ficávamos de recuperação neste momento apesar de ter que ir a te
dezembro estudando as matérias para passar tinham a certeza que seríamos
aprovados, recordo que fiquei até o dia
18 de Dezembro de 1988 estudando e no
dia 20 recebi o resultado que tinha sido
aprovado para minha alegria e de meus pais que assim poderíamos
ficar tranquilos para
podermos comemorar com felicidade
as festas de fim de ano.
Lembrando
disso sinto que era uma
felicidade que se traduzia na
simplicidade dos fatos que
aconteciam e não existia a superficialidade dos tempos de hoje tão corridos
e sim a harmonia
do viver que era
tão essencial para
mim e para todas pessoas do meu tempo e que
hoje só
fica a saudade, hoje
em 2021 sou
engenheiro e trabalho na edificação
de prédios , sou casado com minha
esposa Francisca que é professora
em uma escola publica aqui da capital e temos dois filhos Paulo e
Mercedes
e que são estudantes de História em
uma Universidade.
Um dia
mas precisamente dia 02 de
Abril de 2021 resolve retornar a
minha cidade Pedra da
Serenidade e passar na porta do colégio
e observar e reviver todos aqueles momentos que tinha vívido naquele colégio
que tinha o nome afetivo de Colégio Amarelo por causa de seu amarelo reluzente que brilhava ao
longe.
Ao chegar
a cidade e andar algumas quadras enfim
aproximo do Colégio encosto a porta do colégio e fico olhando pensativo com
perplexidade a situação do Colégio que tinha mudado a sua cor era azul escuro de
um tom bem triste que fazia eu querer
que tudo voltasse aquela sintonia perdida .
Ao
fechar o caderno cheguei a uma
conclusão que escrevemos todo o tempo de
nossas vidas com alegrias , fé e
esperança e que ela a escrita é feita com a caneta da simplicidade para fazer o melhor que estiver ao nosso
alcance .
Os
sentimentos sempre ficaram , pois O
Colégio Amarelo estará a brilhar dentro do meu coração pois foi a verdadeira identidade de minha adolescência
que se revelara por todos os séculos sem fim mostrando
que a felicidade se
mostrara em pequenos detalhes de
emoção onde a vida
de estudante nunca
passara então.
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