Que tempo
bom 1988 ! Eu Tiago Arantes vivia
com alegria na pequena cidade de Luz da Esperança que tinha toda uma harmonia
na sua singular forma de viver pois tudo
era muito simples porém belo
em pequenos atos, acontecimentos
que sentíamos a cada instante de nossas vidas que se formam em
percepções de tudo
que busco e alinham a grande palavra
saudade e que hoje bate em
meu peito.
Era uma
formidável realidade onde
aqueles segundos seriam eternos
em meu
coração , nesta época levantávamos bem cedo para ir
ao colégio com meus irmãos Renato , Carlos
e minha irmã Zuleica , após
levantar e lavar o rosto e escovar os dentes , íamos para a cozinha onde meu
pais Dionísio sentado em uma mesa sempre lendo o jornal para saber as
noticias e depois repassar seu ponto de vista sobre os acontecimentos do Brasil
e do
mundo sempre enfatizando com uma análise critica dos problemas que estávamos
passando , meu pai neste ponto foi um educador para a consciência critica minha
e de meus irmãos que hoje sabemos distinguir o que é bom e ruim para assim transformar o mundo com nossas idéias e reflexões.
Minha mãe
Cláudia sempre observava tudo e sorria para todos fazendo que aquele dia
ficasse alegre com a
sua presença terna de bondade e assim
depois colocava á mesa os pães , broas , roscas , biscoitos e uma
infinidade de quitandas que eram muito saborosos pois eram feitos com muito carinho por minha mãe que alem disso procurava saber do nosso rendimento
escolar se estávamos aprendendo se não fazíamos bagunça dizendo sempre que a
educação é o maior tesouro que íamos adquirir pois ele é eterno nunca acaba não
é igual aos bens materiais que acaba com o tempo pois não é duradouro e é descartável não é infinito.
Após o café íamos recolher nossos materiais
escolares e irmos para o colégio junto
com meu pai no carro que possuíamos que era um Passat
azul marinho que há pouco tempo tinha sido comprado por meu pai íamos todo dia
com meu pai pois ele ia para a agenfa municipal trabalhar de coletor e ficava
próxima ao colégio que estudávamos o colégio se chamava Farol do Saber onde estudávamos em busca do conhecimento e
encontrar com os amigos que eram muitos
pois éramos muito populares na cidade.
Aos sábados sempre gostávamos de ir
divertir eu Tiago, meus irmãos Renato e Carlos jogávamos bola em um campinho de
terra que ficava próximo a nossa casa e que juntava toda a
juventude da cidade e quando era a noite íamos para o baile do senhor Manuel Alegria dançar em sua casa de
dança que se chamava ritmos da sintonia
onde dançávamos discoteca , musicas lentas e encontrávamos com moças lindas aos
quais namorávamos e inclusive alguns
amigos até casaram com ajuda desses
bailes,, tudo era bom neste tempo que não volta mais e ficara guardado na minha memória sendo um símbolo que
iluminara para sempre meu viver.
Enquanto minha
irmã Zuleica por ser adolescente
e mais nova que todos nós ficava em casa com minha mãe ajudando nas lides domésticas
e as tardes sai com suas amigas Fátima e Mirtes para se distraírem e sentavam nos
bancos da praça Hercules Campos e olhavam as
pessoas que andavam nas ruas e tomando sorvete que compravam do senhor
Hermegildo Sereno que tinha uma sorveteria e ficava próxima a praça . Mas o
que recordo com saudade é a imagem de nossa casa que era de cor
marrom claro, com um alpendre que tinha
um portão onde as pessoas passavam para entrar na casa ela tinha uma simplicidade que hoje não
vejo nas edificações e que
representa uma página de minha vida que me faz ter
imensas memórias.
A casa
da minha juventude simboliza todo um histórico de minha vida , alegrias
momentos que nunca esquecerei quando aos domingos a noite ficava na porta do alpendre ouvindo musica ate tarde
em meu som de toca discos e fitas que hoje não existe mais,
era uma tranqüilidade pois neste tempo a cidade era
provinciana pequena , bucólica que não se vê hoje em dia com tanta violência.
Dormindo em uma poltrona depois de ler um jornal em uma
manhã de domingo relembrei disso
tudo e olhando para a rua pela janela de meu apartamento no setor Bueno em Goiânia
por alguns instantes quis que tudo isto retornasse, senti uma imensa
saudade daquele tempo , das suas simplicidades , hoje na cidade grande não
temos tempo para nada , só trabalhar , saímos de casa mal
tomamos café , vivo uma vida agitada que não lembra a harmonia que tínhamos eu Tiago sou professor de história trabalho em um colégio e minha esposa Carmen em uma escola municipal sendo professora de português aqui em Goiânia vivemos felizes é verdade com nossos filhos Diogo e
Cecília com relação a meus pais e
irmãos meus pais Dioniso e Claudia faleceram
a alguns anos , meus irmãos Zuleica , Carlos e Renato
moram em Salvador capital da Bahia sempre procuramos comunicar por redes sociais via whatshaap para não perder este elo . Meu irmão Renato é engenheiro civil trabalha
na construção de estradas e pontes, meu irmão Carlos é psicólogo e tem uma
clinica onde tem muitos pacientes e enquanto minha irmã Zuleica é jornalista e trabalha em um jornal de Salvador
chamado o Diário
da Bahia onde destaca fatos importantes da cidade de Salvador e do estado todos estão casados com
seus respectivas problemas a serem
resolvidos, porém sinto falta do tempo que vivíamos juntos com meus pais. Retornando a aquela imagem da cidade de Goiânia percebe que os anos podem passar, mas a beleza da simplicidade sempre reinara pois A
Casa da Felicidade vivi com alegria , instante
e emoção e eternizarei
por toda a
minha vida sendo uma página a ser
folheada a cada dia.