Acontecia uma chuva fina na
fazenda pardais azuis eu Geraldo
Gouveia vivia na esplêndida alegria e
felicidade juntamente com meus
pais Fabio Gouveia e minha mãe Mirtes e também meus irmãos Cláudio e Fátima
desfrutávamos de uma paz que mais tarde sentiríamos falta pois se desenharia
em todo o contexto de nossas vidas.
A
harmonia que se tinha era levantar cedo e ir para a escola rural que estudávamos próximo a fazenda onde
com muita dedicação a professora Catarina ensinava para uma turma de
muitos alunos sobre um universo de conhecimentos desde os astros
, as estrelas , matemática , português , história , geografia , ciências e
redação .
Tudo era
belo para mim vivendo essa sintonia de interação com o meio ambiente com os
pássaros e toda uma conjuntura de situações que alegravam meu viver, meus pais
viviam do campo da colheita de café , arroz e feijão que era para nossa subsistência e também para serem revendidos na feira que acontecia em Rio da Esperança uma cidade do interior de
Goiás próximo a nossa fazenda que era município
desta cidade que ficava a uns 20
quilômetros sempre quando iam a cidade vender gostávamos de ir também com nossos pais mas para passear , ver pessoas
entretanto ficava com ansiedade para acabar logo a feira
e voltar
para a fazenda pardais azuis onde sentia que a felicidade nunca iria
acabar e ficaria para sempre em minhas memórias cheias de saudades e que seriam impressas no caderno de meu coração.
Aos domingos era muito bom eu Geraldo com 12 anos , meu irmão Cláudio
íamos a um campinho de terra que existia
próxima a fazenda e que era
freqüentado pela molecada de outras fazendas que ia jogar e passar horas
alegres sem pensar em nada somente naquele momento inesquecível era ao no de
1974 relembro bem eu Geraldo e meu
irmão Cláudio montávamos times e ganhávamos de todo mundo,
ninguém podia conosco , aquela simplicidade!, Aquela descontração! Fez pulsar
meu coração de saudade que ficara para sempre arquivadas na minha memória.
Neste relato de recordações lembro também de
ir pescar com meu pai Fabio no rio diamante que ficava perto da fazenda que
tinha toda espécie de peixes e meu pai sorria quando conseguia fisgar alguns
peixes para o nosso almoço de domingo que nesta época era tarde, pois neste dia
aproveitávamos para levantar até mais tarde porque durante a semana era muito
cansativo para meus pais que trabalhavam e para nós que estudávamos e teríamos
que levantar bem cedo para ir ao trajeto de nossos objetivos que se construíram.
No desígnio de minhas memórias visualizo
minha mãe Mirtes fazer biscoitos, bolos, broas e doces que eram a alegria de
todas as pessoas que visitavam a nossa casa, pois eram momentos únicos de
extrema pureza e felicidade que mais tarde sentiríamos falta, pois no
relógio do tempo as horas passam e não
percebemos na harmonia da grandiosidade dos pequenos atos depois mais tarde notamos o quanto éramos felizes
e não sabíamos pois ser
feliz é algo subjetivo. Minha irmã Fátima era pequena nesta época
muito calada gostava de falar somente com minha mãe Mirtes e brincava com sua boneca de pano que ela possuía e era a única que tinha sido um presente do meu avô Hermenegildo que havia ido a São Paulo capital passou perto
de uma loja de um turco chamado Hassam que vendia todo tipo de mercadoria achou
bonita e comprou para ela e em
seguida foi visitar um parentes em
Franca interior de São Paulo a capital
do calçado passando perto de uma fábrica
de calçados viu umas botinas bem
trabalhadas e assim ele
comprou umas botinas para eu Geraldo
e meu irmão Cláudio
que ficamos satisfeitos de alegria e felicidade que até hoje lembro deste dia que foi um marco singelo
em minha vida.
A casa que vivíamos na Fazenda pardais azuis era
simples pequena lembro bem era da cor
azul marinho , tinha um alpendre na entrada
estilo que era muito usado na época , possuía uma sala de estar ,
cozinha , um quarto para mim , outro para Cláudio e o quarto de Fátima que era
encostado no quarto de meus pais em que
minha mãe sempre todas as noites fica observando minha irmã dormir pois
era pequena. Existia também uma área ao fundo que servia também
para meu pai guardar a caminhonete Ford F 100 1972 vermelha que possuíamos ao fundo no quintal tínhamos uma vista bela em
que se podia ver um morro chamado morro iluminado em que as noites ficávamos no escuro para ver
a beleza da lua e das estrelas
próximos a altura do morro mostrando que a grandiosidade
dele o morro ficava pequena diante do
universo que se via onde somos diminutos perante o poder do criador. Sentado em uma poltrona passando os sites de
jornal em meu smartphone lendo o jornal Folha de São Paulo revive e
parei por alguns instantes meditando sobre tudo que vivi, morando na capital paulista hoje em janeiro de 2020
neste arcabouço arquitetônico de prédios altos sente uma imensa saudade da
fazenda pardais azuis onde o sol brilhava com força e vivia a alegria nos mínimos perceberes eu Geraldo Gouveia sou feliz com minha
esposa Mônica e meus filhos Rafael e
Fernanda mas aquela harmonia sinto que não terei jamais pois tudo acontecia na
simplicidade e não na ostentação que hoje notamos em mundo artificial sendo valorizar os pequenos detalhes que onde
mora a verdadeira felicidade que fazia tanto alegrar meu viver.
Com relação a meus
irmãos se afastaram de mim vivem em seu mundo
e não procuram saber se estamos bem em uma individualidade que não
era o que nossos pais ensinaram em que diziam
que devíamos ser unidos pois a união é a
força de uma família , hoje meu irmão Cláudio é
professor com mestrado em Geografia e ministra aulas em uma Universidade de Curitiba Paraná chamada
Mares Abertos enquanto a minha irmã Fátima é
professora de história e trabalha em um Colégio chamado Porto do
Saber em Belo Horizonte
Minas Gerais e eu Geraldo Gouveia abordando anteriormente moro
em São Paulo Capital trabalho em uma
consultoria de análise de mercado chamada Ações e Valores toda a minha vida é em função de números
cotação da bolsa ou seja mercado financeiro
muito diferente da vida simples ,
alegre e harmoniosa que existia em minha
vida e de meus pais e irmãos.
Após alguns
anos saímos da fazenda para estudarmos e alcançarmos nossos objetivos, pois já
tínhamos terminado os estudos iniciais meu pai Fabio resolveu vender a fazenda
para o senhor Ariovaldo um grande fazendeiro que há muito queria comprar mais
meu pais nunca vendiam, pois gostavam muito dela e haviam resolvido vender porque nós precisávamos
estudar mais e a fazenda também não produzia mais para o nosso sustento e o senhor Ariovaldo queria a
fazenda para tocar uma plantação de
algodão entretanto não duro muito tempo
e ele foi embora para o Mato Grosso
criar gado e ouve dizer que a deixou a casa jogada as
traças se desgastando
e virando uma ruína que nada
lembrava a felicidade e a harmonia que
tínhamos sendo símbolo do que é ser
feliz. A esplendida felicidade sempre ficara em meu
coração dos tempos que não voltam mais A
Fazenda que Eu
Gostava é a amplitude de significados que a
vida tem sentido quando
aproveitamos de fato.
- FIM -
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