sexta-feira, 13 de março de 2020

Crônica : O Tempo que Não Volta - Autor : Ruy da Penha Lôbo


      O  sinônimo  da  vivência  está  em  uma  busca de algo que lembramos  e perpetuamos  e que sentimos  no decorrer de nossas realidades  que estão  a nossa  frente  e  que  sensibilizamos  na  simplicidade de perceber  os  mínimos  detalhes  de reflexão e ação para realizar  grandes desejos de coletividade transformadora e indagadora de pensamentos renovados que se aprimorava  no esplêndido sentido de motivação e  educação para um mundo melhor.
       A singularidade  de nossos pensamentos  sempre  estará  na  felicidade de um  fato marcante  de  nossa  história que é construída dia a dia , na perspectiva de  união de laços que ficaram sólidos  em  significados  e  ressonâncias  de vida  harmônica.
    Os  anos  80  foram  um período  de inovação  de idéias  , conscientização política e inicio  de um movimento  cultural  marcante  MPB musica popular Brasileira , na literatura  com Moacir Scliar  e também   em musicas  internacionais sendo :  glory  of  love  de  Peter Cetera , carelees whispers  de George Michael  e  sacrifice  de Elton John , nesta época havia uma  pureza de sentimentos onde a naturalidade  era  o marco principal onde as pessoas conversavam umas com  as  outras,  dialogando sobre as suas vidas , seus  problemas  e seu cotidiano em  que viviam  prosperando  a  socialização que  hoje faz  falta  e  é  importante em  nossa  vida.
  No  campo dos costumes  era natural  os  jovens  e adultos irem  aos bares  jogar bilhar  tomar uma  cerveja  e conversar  sobre o  dia a dia , gerando  uma  amplo  espectro  de  idéias fazendo  assim  que  tivesse uma  situação de amizade , irmandade que não se nota hoje   onde as  pessoas  vivem  presas  aos celulares  tomando-as  mais  individualistas  sem  entender  que  o  primordial  é  a  harmonia  das vivências   em   simples  atos  de  existir.
 O  principio desse  período  era  revolução de conceitos ,  sentidos  e pluralidades de emoções que  hoje não vemos em  uma sociedade uniforme que não respeita  o diferente , o outro na magnitude , nesta década  vivíamos alegres  com os pequenos momentos  jogando  bola ,  brincando de bolinha de gude , empinando  pipas  e visitando os  amigos para saber sobre suas vidas e conversando com os vizinhos fazendo assim que tivesse um socialização mutua  que hoje não  existe  no qual  criou- se uma redoma  de vidro  que  não  estávamos  preparados.
   Hoje  na  pós- contemporaneidade vivemos   a  era  do  artificialismo  onde as amizades  são descartáveis  priorizam  o ter  e não o ser enquanto  a pessoa  está  em uma  situação confortável  há bastante amigos e quando a pessoa passa  por uma dificuldade os amigos desaparecem .
  Vivemos  em   uma  babel  de convicções equivocadas  onde não sabemos ouvir,  falar,  argumentar  e sistematizar  enredos  que  mudem  a nossa sociedade , o globo  e todo o  contexto  que vivemos,  os pequenos sentimentos são  os mais importantes  em  nossa vida porque através deles  formamos uma conjuntura  de valores que sustentam  a  forma  duradoura  de sentir  e sensibilizar  com o sofrimento  do  outro  que é essencial  para  a  existência  humana  na terra.   
    A  complexa mudança  que se percebe  está  no  aspecto  cultural onde as  pessoas  não  procuram  ler para  ter  conhecimentos , análises  de mundo  e assim fazer  questionamentos que  são fundamentais  para a transformação da coletividade para  um  mundo igualitário,  justo,  humano  onde as idéias sejam valorizadas  independente do  posicionamento  que  tem  do mundo  com todas  as suas perspectivas  de renovação  que  auxiliam  na partilha de raciocínios plenos de saber  que constituem  a conjuntura  serena  de possibilidades  cognitivas.   
     Na saudade que  me toca  tenho  a lembrança de detalhes  escolares  onde a humildade  se  fazia  na alegria simples e adolescente que via  a vida  pelo puro  fato  de viver cada minuto  e segundo  sem  se preocupar com  o amanhã  pois este período particularizava os momentos mínimos  de ser e conceber a vida  na grandeza  sublime de  felicidade que não percebíamos e depois  entendíamos no  decorrer do tempo que se anuncia  com novas perspectivas.  Por  fim  os  ponteiros  marcantes  da vida  se configuram não  em  grandiosos  momentos,  mas  em  olhares  pequenos  simples  de prosperar a harmonia . Em suma  a importante  alegria  é  O  Tempo  que  Não Volta  pois  simbolizamos   a  energia  das  grandes  memórias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário