sábado, 18 de dezembro de 2021

Conto : Um Natal que Alegrava - Autor : Ruy da Penha Lôbo

 

     Um  sol escaldante fazia  na avenida Paulista em plena tarde de Dezembro  de 2020 eu  Jerônimo Santiago  Lima  economista trabalhando em uma Prédio de Consultoria de mercado financeiro  chamada Expandir Monetário que é  muito conceituada em São Paulo  observando o movimento dos carros retornei ao  ideário  simples de minha vida na minha pequena cidade de Brilhante Resplandecer interior de  Goiás próxima a Goiânia  e  vizinha de Bonfinópolis outra cidade que traz  grandes  recordações  pois meu  tio  Paulo  e  Hortência   e  meus  primos  Rodrigo  e Sandra moravam  lá construindo suas vidas  e  fazendo  planos para  o  futuro  que  viria  adiante  edificando  seus objetivos que seriam  concretizados a  cada dia .

   Nestas  visões do passado  retornei ao  natal de 1988 quanta alegria existia na expectativa daquele natal onde meu pai Fernando pessoa humilde  trabalhava na profissão  de porteiro do Colégio Sales Azevedo e minha mãe Sônia que trabalhava de merendeira pessoas integras que ensinavam os bons princípios e que hoje eu levo pela minha vida , naquele tempo  os natais eram diferentes , lembro que arrumávamos bem cedo  ,  recordo  que no dia 24  de  Dezembro  eu e meu irmão Carlos e minha irmã Bernadete procurávamos ajudar meus pais  para deixar um ambiente  aconchegante para  nós,  meus tios Paulo e tia Hortência , meus avôs Venerando  e  Carmen  e meus primos Rodrigo e  Sandra  que alegravam  as nossas vidas.

  Após  tudo estar organizado minha mãe  sempre falava para arrumarmos  logo para podermos ir  para a igreja  assistir a missa do padre Gaspar que era pontual e começa a meia noite ,  após arrumarmos meu pai Fernando e minha mãe Sônia  e nós íamos a    pois   a igreja  era  do  outro  lado  da rua  de  nossa casa . 

     Ao  chegarmos   a  igreja  estava cheia , enfeitada  com  símbolos  de natal ,  o  presépio  estava lindo  com  o  menino Jesus , São Jose  ,  e  Nossa Senhora Maria  Os  três  reis magos  ,  os anjos  e  todos com uma  luz que resplandecia  de  felicidade  em nosso olhos,  com  muita dificuldade    arrumamos lugares  para sentar  e  enfim começa  a missa com um cântico muito belo sobre o nascimento do menino Jesus , após  o canto foram feitas  as leituras  da bíblia  e  em  seguida  o  padre Gaspar disse que  o natal  é a festa da família  onde o amor e  a bondade devem estar presentes e  que  devemos cultivar isto  todo  o  ano  e  fazer sempre  que  o  nosso  irmão  tenha  uma  vida digna.

 

   Ao   terminar   a  missa  fomos  para  a  nossa  casa  meus avós  Venerando  e  Carmen  e  Tio  Paulo  e Tia  Hortência  e  meus primos  Rodrigo e  Sandra chegaram junto conosco, ao   entrar   em  nossa  casa  minha mãe  Sônia  foi arrumar a ceia que nesta época  tinha lombo assado,  arroz com açafrão ,  feijão  tropeiro , pequi e costelinha de porco , tudo muito bem feito com  dedicação pois minha mãe fazia sempre com alegria e  carinho que era observado por todos na sua forma de agir sempre sorridente.

Na  sobremesa  tinha doce de pêssego , caju  entretanto antes de começar  meu  pai Fernando  disse que  o natal  é  a festa onde a  simplicidade e  se faz acontecer pois o menino  Jesus nasceu para alegrar  a nossa vida  e  que a união é a única forma de presenciar o natal  que é   a  grande  esperança  de  melhores  dias  que chegaram.

Depois  fomos para  a  ceia  e  após alimentarmos  houve uma distribuição  de presentes que  tio Paulo e  Tia Hortência  fizeram  a cada  um de nós eu Jerônimo  ganhei de presente uma  camisa pólo azul , minha irmã Bernadete ganhou uma calça jeans  Lee  e meu irmão  Carlos  ganhou também uma camisa pólo só  que era amarela.

Meu  pai  Fernando ganhou uma camisa social verde  manga  comprida  e minha mãe Sônia ganhou de minha  tia Hortência uma blusa de frio  e meus primos Rodrigo  e Sandra  eram crianças  nesta época  ganharam  brinquedos , meu primo  ganhou de presente um ônibus de plástico branco e minha prima Sandra  uma boneca , meus  avós  Venerando  e  Carmen foram presenteados com um quadro retratando a  sagrada  família de Nazaré   Depois disso conversamos bastante altas  horas  até de madrugada  rimos  e  não  víamos  as  horas  quando percebíamos estava bem tarde  e cansados  fomos dormir  felizes pelo  encontro  ,   ao  acordar dessas visões  percebe que o  tempo passa depressa e sentíamos muitas saudades nessas voltas do tempo  a  chefe  do meu escritório  Mirtes  viu eu  disperso e  perguntou :

    -   Porque  Jerônimo  está tão desatento hoje tem algum  problema?

Então responde:

-  Dona Mirtes desculpe! Mas hoje não estou bem sempre quando chega  próximo ao natal voltam  muitas recordações do tempo simples, porém alegra que celebrávamos o natal  em nossa família  e  hoje  me  bateu uma  saudade disso tudo.

  Vendo  meu abatimento  e  tristeza  Dona  Mirtes  disse:

   -  Jerônimo vejo que não  está  bem  vai  embora  descanse , depois você  trabalhara melhor  outro dia  pois não está  conseguindo render  o serviço .

   Por  fim  responde :

   -   Vou sim !  Dona Mirtes,  Obrigado  por compreender que não  estou  bem hoje , sai do  prédio  entrei  no metrô  e percebe com clareza que os tempos passam  mas aquele  natal  ficou em   meu  coração   onde  a  simplicidade  e   a  alegria sempre  vão  brilhar  pois  era  Um  Natal   que  Alegrava  com  gestos  puros  em  edificar e  a  nossa vida  transformar.

                                       -  F I M  -

 

Um comentário:

  1. Muito bom já não se faz reunião simples assim com a família unida , hoje e cada um pra cada lado com seus aparelhos digitais e bebedeira e nem sabem o real significado do verdadeiro natal.

    ResponderExcluir