Era o ano de 1940
na cidade de Renascer da Esperança
interior de Goiás lutava com
afinco e determinação eu Juliano Gonçalves trabalhava na loja do
senhor Lafayette sendo vendedor de tecidos e armarinhos com alegria no coração
tudo isto se traduzia em possibilidades
mínimas de harmonia pois a cada instante a vida se renova com os desígnios de existir.
Um dia por acaso
entra uma moça linda, olhos verdes, cabelos pretos, de estatura alta juntamente com seus pais senhor Ateneu um
rico empresário dono de uma fabrica de tintas e sua esposa
Helena muito educada e atenciosa com todos , no entanto senhor
Ateneu era arrogante não olhava para
ninguém e nem procurava cumprimentar as
pessoas se achava acima do bem e do mal , muito grosseiro e estúpido apesar de
toda a sua riqueza.
Retornando a moça filha do senhor Ateneu se chamava Catarina era um pessoa simples ,
discreta , calada , mas sempre que chegava a loja do senhor Lafayette
cruzava os olhos para mim com carinho que todos percebiam inclusive
Demóstenes um amigo casado que dizia:
- Juliano a moça esta querendo namorar com você, converse com
ela procure aproximar dela.
Ao dizer isto falei a Demóstenes
- Demóstenes eu já havia percebido , no entanto
acho que não há de dar certo, pois sou um simples vendedor e ela
é filha de um rico empresário , não tenho a menor chance ela já deve estar prometida a outro.
Depois de dizer
isto Demóstenes respondeu :
- Juliano
não custa tentar , quando ela
vier aqui procure conversar com ela longe de seus pais , quem sabe ela não
aceita tomar um sorvete com você e então pode surgir um namoro.
Os dias se passaram,
tempos depois eis que chegam á loja Dona Helena e Catarina para comprar algumas
peças de tecidos para fazerem vestidos,
pois o senhor Ateneu iria fazer uma festa de aniversário de seu pai Aristóteles.
Ao entrarem vi que Catarina não tirava
os olhos de mim, Dona Helena sempre tratava eu com educação dizia que fosse fazer uma visita à sua casa que seria bem recebido e que
havia percebido o interesse de Catarina por
mim.
Neste Instante disse
a Dona Helena longe de Catarina o seguinte:
- Dona Helena
posso dizer uma coisa importante?
Então ela respondeu:
- Claro!
Juliano, diga!
Chamei Dona Helena no canto e enquanto
Catarina foi tomar
água no fundo da
loja disse a Dona Helena :
- Sabe Dona
Helena tenho interesse na sua filha gostaria de convidá-la para irmos tomar um sorvete , a senhora
permitiria ?
Com uma resposta afirmativa
respondeu :
- Claro Juliano que permito, vá com ela agora,
vejo que estai um pouco cansado saia um pouco e eu falo para o senhor Lafayette que você saiu com minha filha a pedido meu para que pudesse distrair um pouco , pois quase não sai e
confio muito em você , mas não demore porque Ateneu não vai demorar e se
ele ver vocês juntos irá brigar comigo.
Por fim responde:
Pode ficar tranqüila
Dona Helena não demoraremos é o prazo de tomarmos um sorvete e conversarmos um
pouco .
Olhei para Catarina que estava neste momento conversando com uma pessoa
que passava na porta da loja e falei :
- Catarina você
aceita sair um pouco agora para tomarmos
um sorvete sua mãe permitiu o que você
acha do meu convite?
Quando disse isto seus olhos brilhavam de felicidade, percebe naquele
instante que ela também deseja este
momento de ficar a sós comigo então ela
falou :
- Sim aceito! ,
Lógico! Porque está muito calor, adoro
sorvete
Saímos e fomos a sorveteria que ficava
na esquina da loja de tecidos , chegamos e o senhor
Rafael muito educado perguntou
o que desejávamos em seguida responde:
- Senhor Rafael Quero que traga um sorvete para mim de creme
com leite condensado
Depois perguntei a Catarina qual sabor de sorvete deseja e ela disse :
- Eu
quero do mesmo sabor que você vai
tomar creme com leite condensado .
Tomamos sorvete, falamos de nossas vidas e ela disse
que estudava em um Colégio
de Freiras de disciplina muito rígida,
chamado A Sabedoria Eterna
então disse a ela que minha vida era muito diferente que tinha terminado o segundo grau trabalhava de segunda a sábado das oito da
manhã as sete da noite e chegava em casa
ás nove da noite .
Então Catarina perguntou para mim e seus pais em que trabalham ?
Neste instante disse:
- Meu
pai senhor Constantino é carteiro
e minha mãe Fátima trabalha cuidando da
casa , esquecendo de dizer tenho uma
irmã que se chama Mirtes e é professora trabalha em uma escola.
Após essas conversas
iniciais disse a Catarina:
- Sabe Catarina
eu chamei você aqui pois tenho algo a lhe dizer , posso falar?
Catarina ficou surpresa
e respondeu:
- Diga ! Estou curiosa! Fale quero saber logo!
Ao ver o entusiasmo de Catarina falei:
- Catarina há muito tempo eu
sinto que há uma sintonia entre nós , eu estou gostando
de você , queria saber se você aceitaria
namorar comigo?
Quando disse isto ela sorriu e falou :
- Você
parece que adivinha meus pensamentos , há muito tempo eu tenho um interesse por você ,
aceito sim , claro ! Namorar com você.
Neste momento
abraçamos e beijamos, mas infelizmente seu pai senhor Ateneu chegou e
com ar de fúria disse :
- O que
está acontecendo aqui? Como pode você
minha filha sair com este rapaz que você
mal conhece e ficar nesta bagunça , pare com isso ele não é
do seu nível social para namorar ele é pobre , você é rica entenda isso , tenho certeza que foi sua mãe que é
muito ingênua que permitiu , vou falar umas boas para ela , onde
já se viu sair com alguém que não conhece.
Quando disse isto
falei para o senhor Ateneu :
- O
Senhor somente dá valor as pessoas se elas tem dinheiro eu digo ao senhor posso não ter
dinheiro , mas tenho caráter e sua filha sabe disto se não soubesse não
estaria aqui comigo , peço que me respeite pois tenho a minha dignidade .
Depois de ter dito
isto vi Catarina sair chorando compulsivamente
ao ver seu pai puxando ela pelos braços, não pude fazer nada mas disse a eu mesmo que mudaria de vida,
passados anos trabalhando , lutando ,
consegui formar em direito
na Universidade do Largo do São
Francisco em São Paulo e com
algumas economias montei um
escritório em São Paulo
onde fui morar e trabalhar
com muito afinco
fui formando minha clientela
, melhorando de vida. Subindo degrau por degrau na escala social com
muita obstinação e persistência era reconhecido por todas as pessoas sendo um
dos melhores advogados de São Paulo ,
tanto que soube por amigos que os
negócios do senhor Ateneu iam muito mal e precisavam de um advogado competente para gerir os negócios que estavam descontrolados.
Alguns dias, um
amigo meu indicou eu ao senhor Ateneu acho que ele havia esquecido de todas as ofensas que havia feito , ao chegar no meu carro todos
ficaram admirados com a sua beleza entrei bem
arrumado com um terno azul
escuro , usando gravata , bem
vestido, quando cheguei a portaria da empresa Dona Bernadete a secretaria do senhor Ateneu disse:
- O senhor
é que o Dr.
Juliano , o senhor Ateneu está a sua espera !
A o entrar na sala a arrogância e a prepotência eram as mesmas pediu que eu sentasse e com um olhar calculista respondeu:
- Você que
é o Dr. Juliano que dizem que é um ótimo advogado !
Ao dizer isto falei:
- Sim sou eu ! Não está reconhecendo senhor Ateneu, não
lembra de mim ?
Senhor Ateneu então
disse :
- Sei que é
advogado , mas não sei quem é e não
lembro!
E assim
falei :
- Eu sou o Juliano ,
vendedor que trabalhava
para o senhor Lafayette que morreu há dez anos , o senhor lembra que humilhou a minha pessoa dizendo que era
muito pobre e não serviria para sua
filha , hoje aquele pobre é um dos melhores advogados e que hoje o senhor
está precisando para ajudar a conduzir
os seus negócios , viu como o mundo dá
voltas senhor Ateneu?
Olhando sem graça sem ter
o que dizer , por
fim respondeu :
- Sabe Juliano eu errei muito, perdão
, você tem razão eu fui muito
preconceituoso depois daquele dia , minha filha nunca mais foi a
mesma , vive triste , não sai mais as ruas e nunca mais quis namorar com
ninguém , tentei apresentar alguns
pretendentes mas foi em vão ela disse que ama você e nenhum outro
serve para ela .
Quando relatou isso
meu coração pulou de alegria senti naquele
instante que havia uma grande chance de ficarmos juntos então disse ao senhor Ateneu?
- Senhor Ateneu ela está
em casa , quero ver ela agora , prometo que vou tirar ela dessa tristeza
.
Senhor Ateneu já aprovando
falou :
- Sim está em casa! Faça isto Juliano que desejo que ela
seja feliz , tire ela dessa tristeza é
o que mais quero , aprovo o
namoro de vocês.
Por fim disse:
- Vou lá
agora depois falamos de trabalhar aqui depois , senhor Ateneu obrigado , que bom que o senhor mudou seu pensamento e irei lá
fazer a sua filha feliz.
Sai correndo entrei e fui a sua casa que ficava em um bairro nobre de São Paulo
,bate palmas eis que aparece Dona Helena sorrindo e seu mordomo ela sorria e dizia ao mordomo agora eu
sei que minha filha vai sair da tristeza pois o amor da vida dela
chegou , Dona Helena disse que o senhor
Ateneu já havia avisado que eu viria e
disse a Emanuel :
- Vá
logo chamar minha filha depressa!
Emanuel então foi
para dentro da casa e falou:
- Catarina ! Catarina! Tem um
rapaz que quer vê-la , ele se
chama Juliano.
Ao sair á porta
vi que estava linda com um vestido verde , tiara na cabeça e com uma felicidade que transfigurava a todos
indo ao meu encontro abraçamos e beijamos e todo aquele
momento de harmonia se completaria nos anos seguintes ao casarmos , ter nossos filhos e brindarmos a vida em pequenos detalhes de emoção.
O cotidiano
do tempo é uma quimera
, a possibilidade da alegria está
na singeleza da percepção
em um belo dia em
uma sorveteria se uniu a
esperança um amor duradouro
se traduziu com
A Linha do Sentimento escrito
nas páginas da vida com a
força da determinação pois o destino
acontece quando acreditamos
então.
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