quinta-feira, 9 de maio de 2019

Crônica – A Amizade Presente - Autor : Ruy da Penha Lôbo


    Hoje relembrei um tempo que já se foi à época em que vivia na pequena Bonfinópolis saudades desse período onde a simplicidade se fazia notar nos pequenos detalhes da vida, havia uma grande irmandade onde todos se conheciam e procuravam resolver os problemas com a ajuda uns dos outros na fortaleza de auxiliar e se relacionar.
   Nesta nostalgia recordo do armazém do senhor Joaquim Gabriel, da loja de tecidos do senhor Esaú, da loja de tecidos do senhor Juca de Araujo, do bar do Jeová, do bar do Antonio do Claro, do bar do Dito Barbeiro  quanto era diferente neste tempo a rotina da cidade em que o ônibus da antiga viação expresso Araguari  ia para Silvânia e parava na porta do bar do Dito barbeiro e as pessoas desciam e formavam uma imensidão de pessoas que iam comprar tanto no bar do Dito Barbeiro e no bar do Jeová queijo de trança e também uma quantidade de quitandas muito deliciosas e com isso  se alimentavam para chegarem  ao seu itinerário de vida e destino que iam construir no decorrer do tempo   
  Naquele tempo as pessoas visitavam umas as outras em suas casas procuravam estabelecer um vinculo de amizade, mas também familiar que hoje não existe onde as pessoas não tem mais tempo, vivem em suas ocupações esquecendo dessa singularidade do interior que é tão essencial para as nossas vidas de indivíduos interioranos.
  A  harmonia se demonstrava  nos pequenos atos  onde as pessoas passavam umas pelas outras e desejam um  Bom dia!,  Boa tarde! , Boa noite! E procuravam saber como estava  a família e por onde andava  todos.  O progresso trouxe a facilidade, melhorou a vida das pessoas, trouxe desenvolvimento, entretanto essa proximidade com a capital Goiânia retirou o que temos de mais sublime a cordialidade, a simpatia e a preocupação com o semelhante.
   Hoje pessoas conhecidas passam umas  pelas outras  não cumprimentam vivem em seu mundo de artificialidade não entendendo que as amizades são essenciais para o nosso contexto humano e social , no decorrer do tempo não conhecemos  mais ninguém somente algumas pessoas conhecidas pois algumas pessoas já faleceram   destacando :   Esaú do Carmo  Lima Neto ,  Carlos Damasceno  Ribeiro ,  José Damasceno Ribeiro , Dona Teresa , Vorico Sebastião Ferreira de Souza  e várias outras pessoas importantes de nossa cidade.
   Saudade uma palavra simples, mas de grande significado, folheando as páginas do pensar visualizo o tempo que jogava bola debaixo da sombra da mangueira que ficava no lote da dona Abadia e se estendia a rua, que tempo memorável! , que época feliz! Que marcou a minha vida sendo o principio de minha história.
     Por fim as memórias são o elo que guardamos para sempre, pois semeiam nossa percepção de mundo na grandeza de felicidade, em suma Bonfinópolis vivenciei um tempo que não retornara, mas tenho em meu coração  A Amizade Presente que  se perpetuara pois é o sentido da alegria que desejo sempre buscar.

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