No mundo em que vivemos se preconiza vários
elementos ditos pela sociedade em que sua singela concepção é conceituada como moderno
civilizado, contrapondo aquilo que está fora do contexto civilizatório é tido
como atrasado, arcaico, foi assim no decorrer da civilização grego – romana que
impunha conceitos culturais dizendo que as outras civilizações que estavam fora
de seu domínio político não tinham a cultura sendo chamados de bárbaros, entretanto
tinha uma cultura riquíssima, tanto no plano dos costumes, como em sentidos religiosos,
socioeconômicos e que evoluíram no decorrer do tempo.
Em nosso tempo se
tem uma noção equivocada de qualidade de vida que deve ser repensada no plano
das relações humanas, o capitalismo evoca o consumo ditando normas, pensamentos
e hábitos que fazem enganar as pessoas pregando o comércio em shopping centers
como sendo o arauto da modernidade impondo um conteúdo devastador de percepção
simplista que não acrescenta, mas que torna escravos.
Não que sou contra
ir ao shopping não que seja bom, passear, ver pessoas, interagir com outros indivíduos
e até fazer umas compras para alimentar a economia e geração de empregos é importante,
mas o conceito de felicidade deve ser reformulado. Entrando no titulo acima
exposto quero enfatizar que a interioridade, ser do interior é uma alegria,
pois vivemos fora do eu consumistas e possibilitamos a reflexão das nossas
vidas, baseado nos pequenos atos que emocionam e faz olhar o mundo com mais
otimismo.
As cidades
pequenas têm a característica e singularidade que demonstra que a cada dia se
torna diferente como no cantar dos pássaros, no amanhecer e entardecer do dia
percepção que não acontece na cidade grande onde não se tem essa harmonia, pois
se vive na correria diária no trânsito caótico que não se tem tempo para
perceber a grandeza de um Deus que muda nossos destinos a cada dia.
O Brasil é um país
do interior, do pequeno pedaço de terra, nela estão todas as nossas raízes
históricas, culturais e sociais, o pequeno é importante, pois se traduz em uma
língua com sotaques, costumes, tradições e espelha a grandeza da brasilidade
que renegamos e devemos descobrir para sermos autênticos conosco mesmo
Ser do interior
e quem é pode falar é uma marca diferencial que levamos pela nossa vida, pois
nosso jeito de agir, falar e se expressar de forma singela revela de onde
somos, a nossa cultura local que deve ser preservada, mesmo que estejamos longe
em outro estado, país, pois indica a nossa maneira de ser no mundo.
Acredita-se que
a maioria da população de Goiânia é originaria do interior, pessoas que saíram
de suas cidades em busca de trabalho, mas que não esquecem suas origens e
lembram com saudades de sua terra natal, tanto que tendo um feriado prolongado
esvaziam Goiânia e se deslocam para ter qualidade de vida juntamente com seus
parentes no habitat de sua filiação mutua de princípios. A interioridade é um
sinônimo de meditar sobre a vida, a sociedade, o mundo em que vivemos e
realizar a plural felicidade que pode se conceber no plano das idéias e concepções
tão massacradas pelo espírito dominador da individualidade, renegando a
coletividade um traço importante que se nota no interior, na cidade diminuta
que exalta uma profunda paz.
Entender a
palavra ser do interior não deve ser motivo de chacota para algumas pessoas
preconceituosas, mas de qualidade, pois veio do mundo onde os valores são preservados,
a amizade, a irmandade e os preceitos religiosos são levados a sério. As
pessoas do interior têm uma força de vontade avassaladora , pois lutam , trabalham,
subjugando toda a dificuldade e conseguem realizar seus sonhos, sendo espelhos
para outras pessoas, pois saíram desse microcosmo de mundo que é tão
discriminado e massacrado, mas que tem a habilidade de se renovar na ciência da
dedicação que é a força motriz de suas vidas, por fim a interioridade é o
símbolo de mansidão que concebe nas harmoniosas simplicidades que estão em
nosso dia e que superam a estreita modernidade pregada por algumas pessoas que
não tem a visão do belo, na pequenez da vivência coletiva, em suma ser do
interior é muito bom, pois é A Beleza de
Ser do Interior, com gestos
sinceros na paz, na serenidade e na percepção que se nota da natureza de verdade,
a originalidade.
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