Era o
ano de 1428, havia um reino que estava entre Portugal e Espanha chamado Reino
de Perânia, o reino era administrado por Dom João Petrônio I nesta monarquia
onde era habitada por duzentos mil habitantes, a monarquia era muito arrogante
oprimia as pessoas simples com o jugo dos impostos e não lhe retribuía com
nenhuma melhoria em suas vidas, em condições melhores para o seu desenvolvimento.
O governo monárquico era formado assim: Dom
João Petrônio I rei monarca absoluto, Maria constelação rainha e príncipe
Carlos e princesa Julieta, a população era dividida assim em artesãos e
pequenos comerciantes e uma agricultura rudimentar, alguns nobres gozavam dos
privilégios da monarquia e de suas futilidades.
Nos momentos de
festa toda a corte se reunia e havia um bobo da corte que na época era um
palhaço que alegrava o rei e seus convidados seu nome era Sorriso, pois vivia
sorrindo e fazendo brincadeiras cômicas para animar a todos que estavam presentes.
Isto era uma forma disfarçada de esconder da população os reais problemas que
passavam no reino, fome, miséria e subdesenvolvimento ficando assim uma minoria
gozando de privilégios que faltavam ao restante da população.
Neste reino havia
também um sábio chamado Péricles que procurava orientar o rei para ser generoso
com a população e dizia um governante têm que ter três qualidades: a sabedoria,
a bondade e a humildade, mas o rei insistia em não ouvi-lo, pois um dia ele o
rei resolveu mudar a sua condição econômica e ver como estava seu reino e sua popularidade,
pediu ao mestre de cerimônias que conseguisse um disfarce e também uma barba
postiça , o mestre de cerimônias arrumou a
barba e roupas de aspecto bem simples que ninguém poderia supor que ele
seria o rei.
Ao andar pelo reino dizia que estava sem
emprego e queria aprender um oficio enfim chegou à casa de senhor Constâncio
Demócrito e sua esposa Camélia que estavam á porta então disse ao senhor Constâncio:
- O senhor é importante sapateiro do reino será que o senhor
não tem um emprego que possa oferecer, pois estou sem condições financeiras?
Ao falar isto seu Constâncio disse:
- Pode sim trabalhar comigo, eu aceito você como meu
ajudante, mas o salário não é muito você aceita assim mesmo?
Então respondeu:
- Sim aceito, mas
vou ajudar nas despesas da casa senhor Constâncio o senhor aceita?
Senhor Constâncio
disse, porém:
- Não precisa se
preocupar com as despesas, pois devemos partilhar o pouco que temos e não
sentiria feliz de você ajudar com algum dinheiro.
Neste momento
ficou pensativo, pensando que tinha todo luxo, ostentação e oprimia a
população e este homem simples ensinou que a felicidade está na humildade, na
sabedoria como este homem que conduz sua vida de forma tão esplendida e que
traduz o que é ser feliz apesar das vicissitudes pelos quais atravessam.
Fiquei por muitos
meses trabalhando na oficina de sapatos do senhor Constâncio sem que
percebessem que eu era o rei, ao termino de um trabalho, um dia achei que estava
no momento de ir embora, então disse ao senhor Constâncio:
- Senhor Constâncio o senhor ensinou todas as técnicas de
produzir um bom sapato agradeço o que o senhor fez, não tenho palavras para
agradecer, mas vou ter que ir para outra cidade buscar novos desafios em minhas
vida.
Ao dizer isto senhor
Constâncio afirmou:
- Foi muito bom ter você como meu ajudante, você é muito
inteligente, aprendeu rápido o serviço, trabalhara muito e será um grande homem
de esplendido valor, vá com Deus seja feliz na sua nova jornada.
Ao pronunciar isto
compreende o que o sábio Péricles havia dito de uma das três qualidades que é a
sabedoria e este homem simples tinha essa qualidade mesmo não sendo rei como eu
sou, gozando de luxo e ostentação, mas na sua vida simples mostrava uma lição
de vida que devia ter como exemplo para o meu cotidiano.
Despede do senhor
Constâncio, sua esposa Camélia e sua filha Fátima e tracei a volta a minha vida
de futilidades, ao avistar o Castelo Mirante da Felicidade estava á porta de
entrada vários soldados dentre eles Melgar quando cheguei não reconheceu que
era o rei e disse:
- Fora daqui pobre miserável
Ao tirar a barba Postiça disse a ele:
- È assim que trata vossa majestade Dom João Petrônio I
Com olhar de espanto se inclinou e disse:
- Mil desculpas nobre majestade pensei que era um pobre
miserável pedindo comida
Em seguida o rei
respondeu:
- Não quero que
refira nunca mais as pessoas que resolverem procurar ajuda os trate com
respeito, pois são pessoas dignas.
Ao entrar no
palácio o rei procurou mudar algumas práticas que havia consolidado perdoou as
dividas das pessoas que não tinham condições de pagar, procurou ajudar outros
indivíduos do reino nas suas necessidade com incentivos fiscais para que
crescerem e serem felizes com suas famílias, nas suas realizações.
As pessoas que
passavam fome as assistiam com cobertores, blusas de frio, luvas e tudo que pudessem
fazer que tivessem uma vida com mais dignidade, as crianças procurou estimular aulas
com professores bem qualificados e bem remunerados e que ensinassem com alegria
e dedicação. Enfim o reino de Perânia se transformou deixou de ser um lugar de
luxo e ostentação para ser da partilha da dignidade humana, foram três
qualidades que mudariam a sua vida: a sabedoria, para entender que se cometem
erros e que se deve consertar a partir do exemplo de pessoas simples como o
senhor Constâncio que ensinou a verdadeira sabedoria, a bondade para
transformar a vida das pessoas e instituir o principio do dialogo, e a humildade
para compreender que somos filhos do altíssimo e não somos melhores que ninguém
e estamos de passagem e procurarmos aperfeiçoar para sermos melhores seres
humanos que tem a sensibilidade da expressão.
É assim o Reino de
Perânia se modificou baseado nos três princípios do sábio Péricles a sabedoria,
a bondade e a humildade, aspectos que devem nortear nossa realidade e criar um
mundo sereno de conciliação mutua que modifique o consciente humano.