segunda-feira, 4 de junho de 2012

Um Amor Distante - Autor : Ruy da Penha Lôbo



  Era o ano de 1889 passando no bonde que existia Rio de Janeiro fiquei emocionado ao ver uma mulher linda olhos verdes, cabelos negros uma beleza sem igual quando a vi senti naquele momento que havia encontrado a mulher da minha vida que iria fazer que eu fosse feliz.
Passados alguns dias passando no mesmo itinerário a vi de novo só que dessa vez estava acompanhada  de um homem acho que era seu pretende que estava lhe fazendo a corte  senti uma tristeza muito grande mas tinha a certeza que um dia ela seria minha .
  Passados estes momentos , alguns dias mais tarde fiz o mesmo percurso mas desta  vez não há vi mais  então encontrei  com seu Jeremias um comerciante que trabalhava nas imediações  e descrevi a ele a sua  fisionomia  então ele me disse que ela não morava mais no Rio de Janeiro  tinha ido embora  para a Europa  para Dinamarca em  Copenhague.
Mais uma vez a tristeza se a abateu em mim pois aquele amor era  a grande alegria da minha vida, mas não desiste tinha a certeza que um dia nós nos encontraríamos e seriamos felizes  meu pai Esneraldo vendo minha tristeza disse: -
-  filho não fique Triste!  aparecera outras  a vida é feita de idas e vindas
Então respondi:
- Pai ela é a mulher da minha vida não consigo esquecê-la ela está no meu coração.
Vendo meu sofrimento  meu Pai disse :
- então lute por ela, lute e você encontrara a felicidade.
   Depois dessas palavras passados alguns dias como meu pai não podia se ausentar dos negócios do café  e ir até a Dinamarca e negociar  a venda me mandou em seu lugar para que fizesse o negócio  eu mal podia acreditar que eu iria para a Dinamarca e quem sabe encontrar com o amor da minha vida  .
Chega o dia 9 de janeiro de 1889 meu pai me  leva até o Porto de Santos onde sairia o Navio Wes t Portland  com destino a Europa e Principalmente como ultimo destino a Dinamarca  meu coração vibrava de alegria ,  ao entrar no navio meu Pai Esneraldo e minha Bernadete se entristeciam pois sabiam que a viagem era longa e ficaria muitos dias fora ,  foi uma viagem longa aproximadamente nove  meses  em que se via somente o céu e o mar.
   No dia 8 de setembro de 1889  chego ao meu  destino  Dinamarca uma cidade linda toda iluminada , um outro mundo estava diante dos meus olhos fui para o hotel  Sunshine  um hotel de luxo que  existia  em Copenhague , ao amanhecer o dia fui ao telegrafo ao posto dos correios manda r uma mensagem aos meus pais que tinha chegado bem para ficarem tranquilos depois fui  resolver os negócios do café que meu pai disse que era para resolver fui me encontrar com o senhor Wiliam Peterson um grande comerciante de Copenhague ao chegar em seu escritório  chegando lá  eu quem eu vi era ela não pude acreditar a sorte , o destino estava do meu lado  , aos esperamos o senhor Peterson  começamos  a conversar e ela me  disse que esta estudando musica Classica na Dinamarca  e seu Wiliam era um grande amigo , naquela hora procurei ficar intimo dela e a conversa foi se aprofundando falei da minha vida disse que era um advogado que se Chamava  Heraldo Batista e perguntei o nome dela ela disse que se chamava Catariana Pires , a conversa foi proveitosa  , enfim seu William Peterson saiu do escritório fomos negociar a venda do café , negocio fechado fui procura-la  e a encontrei em um café que se chamava House  Red  senti ao seu lado e fomos falando novamente de nossas vidas e quando percebemos já estava tarde e como sou cavalheiro fui leva-la até a sua Casa que ficava longe do centro de Copenhague  ao chegar próximo de sua casa disse Catarina tenho uma coisa para dizer que há muito tempo sinto um sentimento muito forte por você gostaria de lhe fazer a corte , você permiti , com olhar espantado de admiração  disse :
- sabe Heraldo eu sempre tive vontade de namorar com você só que não tinha coragem, pois não sou dessas mulheres atrevidas estava esperando que você chegasse, pois desde o momento que te vi gostei de você.
Quando disse isto lhe perguntei: ^
- Você então aceita
E ela respondeu:
Sim aceito e como não
   Falei com o Pai dela seu Demerval Euclides e me disse  que aceitava meu pedido de fazer a corte  a Catarina mas que não a fizesse sofrer pois ela era uma joia rara em suas vidas que a respeitasse e cuidasse dela .  
   Passados alguns dias fui pedir o consentimento para ao seu Demerval para que Catarina fosse comigo para O Brasil e ele disse que não que moça de respeito não andava sozinha que esperasse que alguns dias depois  eles voltariam para o Brasil  como não queria chatear- lo concordei  e fiquei esperando o dia em que ela chegasse da Europa com seu pai.  
Era  o ano 1890 minha alegria estava estampada no meu rosto ao ver ela chegar , meus pais ficaram felizes ao verem minha felicidade , pois sentiam que aquele momento seria único , minha vida se modificava  trabalhando lutando montei um escritório de advocacia e trabalhava para pessoas importantes da Republica como o Marechal Hermes da Fonseca  que foi Presidente do Brasil  Nesta época eu tinha 26  anos e minha vida e de Catarina iam se configurando , passados alguns meses nos casamos na igreja Nossa senhora da Conceição no Rio de janeiro , a felicidade tinha chegado e meus sonhos concretizados .  
   Hoje em 1930 eu Heraldo Batista aos 66 anos com minha esposa Catarina e meus filhos, Floriano Francisca e Luzia lembro com saudade daqueles momentos de emoção em que encontrei o meu amor e lutei com emoção pois a felicidade devemos lutar  com muita dedicação pois tinha um amor distante e hoje a tenho em meu coração pois a grande felicidade não está na espera está no lutar e esperar e sentir a alegria do reencontro pois somente seremos felizes quando o amor chegar e a vida vai florescer em um raio de sol que está sempre a despontar . 

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