segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Conto : O Encontro com a Emoção - Autor : Ruy da Penha Lôbo


      Era  o ano de 1998 na pequena cidade  de Boa Nova interior de Goiás a alegria e a felicidade eram sinônimos  de um mesmo sentido de possibilidades que se unia em gestos , em palavras e  ações que se alinhavam  em minhas convicções e percepções. 
     Eu  Diocleciano Pontes na simplicidade da minha vivência juvenil juntamente com meus  pais Oswaldo e Heloísa e minhas irmãs Carmen  e Francisca tínhamos todas  essas etapas sendo um significado importante de renovação e transformação que se configuravam.  
    O  itinerário da vida é feita de circunstancias que não compreendemos,  a  vida no colégio,  o cotidiano com  meus pais , a união  entre as minhas irmãs Carmen e Francisca são  as memórias que  ficaram dentro de meu  coração sendo repassados e revelados de tempo em tempo  pois tudo que  é  bom  é  guardado  para sempre  sendo perpetuado.
     A  maior percepção de alegria era aos domingos  onde reuníamos  em baixo de uma  mangueira  para almoçar e contar os desígnios da vida , suas alegrias  , dificuldades que superaríamos  e que seriam muitas no decorrer de nossas realidades.
    Lembro com felicidade de uma moça linda chamada  Ágata  que apaixonei  desde o primeiro instante , segundo que a vi e hoje se tornou a minha esposa , o nosso primeiro encontro foi por  acaso onde fui a padaria do senhor Alberto Correia  comprar pão pois tinha umas quitandas saborosas sendo :  roscas , biscoitos , broas e tudo muito bom e bem feito com toda a  dedicação que se notava  nos pequenos detalhes de um escultor.
   Ao entrar a  vi linda, bela, sorriso contagiante estava com seus pais Fabio e Cecília e sua irmã Michelle quando entrei ela virou o rosto e se alegrou com a minha presença que se percebia no  seu modo de olhar que transfigurava a esperança que  teríamos juntos.
    Seu  pai Fabio  era comerciante que havia chegado  a pouco tempo de São Paulo mas precisamente o interior Taubaté  e queria um lugar calmo , tranqüilo e a cidade de Boa Nova reunia tudo isso , além de ter uma irmã chamada Fátima muito amiga de todos que ministrava aulas  de português  no  Colégio Pontes  da  Confiança em que estudava juntamente com minhas irmãs Francisca e Carmen  e vislumbrávamos um  futuro  melhor.    
    Fabio  pai de Ágata  iria montar uma loja de armarinhos em que nos finais de semana  era ajudado  por  Dona Cecília no referido comércio , enquanto  a minha vida de trabalho trabalhava na loja de tecidos do senhor Paulo uma referência em  tecidos para as festas da igreja  e da cidade que movimentavam  o comércio e nossas vidas  de maneira singular.
     A  harmonia se concretizou  em um dia em  que  encontrei  Ágata  novamente  e conversamos por longos períodos de tempo , falamos de  nossas vidas e marcamos  de sair sábado  a noite que lembro bem  foi no dia  28 de Março de 1998 , enfim  esperava com expectativa que chegasse logo  esse dia , com alegria passou  com todos os detalhes  a semana chega a sexta a feira e com grande felicidade o sábado onde  me aprontei com sintonia vestindo uma camiseta  pólo amarela marca Pool e uma calça Jens juntamente com  um tênis branco que combinava  todos  os detalhes  de possibilidades que  avizinhavam na essência do meu  ser que sonhava com aquele momento de encontro e isto se realizaria para minha esplêndida harmonia.   Enfim  às oito horas da noite vou a casa de seu Pai Fabio que ficava no bairro  Flores da Mansidão que era  um loteamento novo que havia sido aberto  e que já  possuía várias casas construídas e uma delas era do senhor Fábio , ao abrir a porta senhor Fabio abriu a porta  e disse:
  -    Olá !  Boa Noite!  Deseja  alguma coisa ?
   Então responde:
-   Eu  sou  o Diocleciano amigo da Ágata  estou aqui porque combinamos  de sair para divertimos .
Senhor  Fábio  respondeu :
-    Ah  Sim !  Ela disse que você  sente-se e espere  que  ela vir á logo.
Após  dizer isto conversamos sobre o  mundo , as sociedade e vários assuntos  de relevância nacional , terminando a conversa  eis que Ágata desceu as escadarias muito bela , bem arrumada, com o cabelo solto , uma blusa azul , calça Jens  que combinava com os olhos azuis e  seus cabelos loiros que  iluminavam  o caminho.
  Por  fim abrimos a porta e saímos, antes de ir seu pai Fábio falou com suas recomendações  e pediu que não voltássemos tarde em que afirmei que não se preocupasse, pois não demoraríamos muito, entrando no meu carro um Kadett cor azul, a felicidade se conjugava naquele instante que  ficaria para sempre sendo relembrada por muitos anos. 
  Saímos e fomos  a Praça Juarez Lima onde a juventude se reunia  e tinha um  Piti Dog  onde havia um show de um conjunto chamado  Os Brilhantes da Música que era requisitado em todas as festas , ao chegarmos à portaria que foi instalada para a venda de ingressos compramos  e entramos e dançamos e disse a Ágata que não a via apenas uma amiga mas tinha  um sentimento  maior por ela  e  disse a ela :
-    Ágata  você  aceita namorar comigo?
Com  um semblante afirmativo ela respondeu:
-   Sim !  Claro!  Diocleciano eu  também  sinto algo muito intenso por você , eu aceito  namorar com você.
Após  dar  a resposta , abraçamos e beijamos e divertimos  a noite inteira  sendo  um  marco um sinal que eternizaria a nossa felicidade duradoura , as páginas  da vida são assim uma escrita que escrevemos  nossas idéias , alegrias , decepções , dificuldades , mas o mais importante que sempre prevalecera  a harmonia sendo o signo  da linha que ficara impressa  em nossa fortaleza que perpetuara  em meus sentimentos  por  toda  a  vida.
Hoje  em  Goiânia capital do estado de Goiás  casado com Ágata no ano de 2020 juntamente com  meus filhos  Diogo e Fernanda  todos esses fatos vieram  a minha mente  em um apartamento  no  setor Universitário  lendo o Jornal  O Clarin de  Goiânia  trabalhando na profissão de engenheiro tudo  isto  fez  ter a certeza que aqueles minutos singelos  de alegria com  minha família , o namoro  com  Ágata  foram  O  Encontro  com   a  Emoção  pois  o tempo  passa  e  não  voltara  ficando  as  memórias  guardadas  no  pensar. 

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